Acusado de liderar massacre em presídio de Altamira, PA, é condenado a mais de 400 anos de prisão

  • 05/06/2025
(Foto: Reprodução)
Dhonlleno Amaral foi condenado a 403 anos e 6 meses de reclusão por liderar o motim que resultou na morte de 62 pessoas em 2019. Caso é considerada a 2ª maior chacina do sistema prisional brasileiro Confronto entre facções criminosas resultou na morte de 62 detentos no massacre ocorrido no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRA). Bruno Cecim / Agencia Para O Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de Belém, condenou nesta quarta-feira (5) a 403 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, Dhonlleno Nunes Amaral, apontado como um dos líderes do motim que resultou na morte de 62 detentos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, em 29 de julho de 2019. O caso, que ficou conhecido como o Massacre de Altamira, é considerado a segunda maior tragédia do sistema carcerário brasileiro, atrás apenas do massacre do Carandiru, ocorrido em São Paulo em 1992. Além da pena de reclusão, o réu também foi condenado a mais 2 anos de detenção e 490 dias-multa. A decisão foi proferida pelo Tribunal do Júri após cerca de dois dias de julgamento. Réu negou participação Durante o interrogatório, Dhonlleno negou envolvimento no motim e afirmou que estava preso por causa de um crime de trânsito, onde teria sido acusado de tentativa de homicídio. Ainda assim, os jurados o consideraram culpado por todos os crimes imputados, incluindo homicídios, decapitações e participação em organização criminosa. O réu foi absolvido apenas das acusações de dano ao patrimônio e incêndio, mas isso não impediu a condenação a uma das maiores penas já aplicadas no estado. Julgamento ocorreu em Belém por questão de segurança A sessão, realizada no Tribunal do Júri da capital paraense, foi transferida de Altamira para Belém por decisão judicial, com base em pedido da defesa que alegou que a repercussão do caso na cidade poderia comprometer a imparcialidade dos jurados. Ao todo, 23 testemunhas estavam previstas para depor (sendo 10 da acusação e 13 da defesa), mas apenas 16 testemunhos foram prestados. Três testemunhas da acusação não compareceram — duas não foram localizadas e uma faleceu. As oitivas foram realizadas por videoconferência, por questões de segurança e logística. A sessão do júri teve início na manhã de terça-feira (4) e foi concluída na noite desta quarta. Outros réus Dhonlleno é o segundo acusado a ser julgado pelo massacre. Em setembro de 2024, Luziel Barbosa foi condenado a 396 anos de prisão, também por homicídio triplamente qualificado. Ao todo, cinco pessoas respondem pelos crimes relacionados ao episódio. A expectativa é de que os demais envolvidos sejam levados a júri nos próximos meses, em datas a serem definidas pelo Tribunal de Justiça do Pará. - (veja no vídeo abaixo). Réu é condenado no PA a mais de 396 anos de prisão por massacre em presídio de Altamira Segunda maior tragédia do sistema prisional brasileiro O massacre em Altamira ocorreu no dia 29 de julho de 2019 e foi marcado por extrema violência. Segundo as investigações, detentos ligados à facções rivais iniciaram os ataques dentro do pavilhão. O caso terminou com 62 mortes - 58 mortos dentro do presídio, a maioria por asfixia, 16 decapitados; mais outros 4 durante transferência. Escavadeira de covas no cemitério São Sebastião em Altamira, destinado as vítimas do massacre do Centro de Recuperação Regional de Altamira. Daniel Teixeira / Estadão Conteúdo 26 dos 62 detentos mortos em massacre de Altamira eram presos provisórios A unidade penitenciária foi desativada, após o episódio. Os detentos que estavam custodiados foram transferidos para o Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu. O massacre de Altamira é considerado uma das maiores tragédias do sistema prisional brasileiro, ficando atrás apenas do massacre do Carandiru, ocorrido em São Paulo em 1992, que deixou 111 mortos. Vídeos com as principais notícias do Pará

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2025/06/05/acusado-de-liderar-massacre-em-presidio-de-altamira-pa-e-condenado-a-mais-de-400-anos-de-prisao.ghtml


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