Cônego Cláudio Barradas morre aos 95 anos em Belém
30/06/2025
(Foto: Reprodução) Religioso e era uma das figuras mais tradicionais da Igreja Católica em Belém. O velório será realizado na Catedral Metropolitana. Cônego Cláudio Barradas
Fundação Nazaré
O cônego Cláudio de Sousa Barradas morreu na manhã desta segunda-feira (30), em Belém, aos 95 anos. A informação foi confirmada pela Arquidiocese de Belém, que não divulgou a causa da morte.
Segundo a igreja católica, Barradas morreu em um hospital da capital, onde estava internado. O velório será realizado a partir das 17h, na Catedral Metropolitana, no bairro da Cidade Velha.
Nas redes sociais, a Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA) lamentou a morte do cônego, um dos fundadores da instituição.
Em nota, a escola destacou a trajetória do religioso como mestre de gerações e artista premiado, reconhecido dentro e fora do Pará.
“Ele dedicou sua vida à arte e à educação, deixando um legado que permanecerá vivo em nossos corações”, diz o texto.
A instituição também ressaltou a influência de Cláudio na formação de inúmeros estudantes, destacando seu talento e paixão pela arte como marcas registradas de sua atuação nos palcos e nas salas de aula.
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Trajetória
Cônego Cláudio Barradas foi uma figura central da cultura e das artes cênicas do Pará. Nascido em Belém, em 4 de janeiro de 1930, ele dedicou grande parte de sua vida ao teatro, atuando como ator, diretor, professor e dramaturgo, além de ter sido jornalista e diretor de radionovelas na Rádio Clube na década de 1950.
Sua trajetória incluiu a fundação de grupos teatrais, a participação em importantes festivais e a direção de espetáculos que marcaram a identidade cultural amazônica, como “As Troianas”, “O Coronel Macambira”, “A Incelença” e “Cobra Norato”.
Além de sua atuação nas artes, Cláudio Barradas foi um dos fundadores da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA), onde formou gerações de artistas e contribuiu para a consolidação do ensino teatral no estado. Reconhecido por sua dedicação, recebeu o título de Professor Emérito da UFPA em 2021, em homenagem às suas décadas de trabalho e relevância para a cena artística paraense.
Em 1992, Cláudio Barradas foi ordenado padre e iniciou uma nova fase de sua vida, dedicando-se ao sacerdócio na Arquidiocese de Belém, sem nunca abandonar seu amor pelo teatro.
Passou por diversas paróquias, as quais estão: Catedral Metropolitana, (vigário paroquial), Santa Isabel de Portugal, em Santa Isabel do Pará, em que na época pertencente à Arquidiocese de Belém. (Pároco), Jesus Ressuscitado (pároco) e Igreja Nossa Senhora das Mercês.
Mesmo após a ordenação, continuou envolvido com projetos culturais e artísticos, sendo considerado um ícone do teatro paraense e um exemplo de dedicação à arte, à educação e à fé. O Teatro Universitário Cláudio Barradas, na UFPA, leva seu nome como reconhecimento à sua trajetória e legado
Era Cônego Emérito do Cabido Arquidiocesano e foi Vigário Episcopal da Região Santa Cruz, revisor e colunista do Jornal Voz de Nazaré.
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