Destaque da nova safra do rap nacional, Big Bllakk anuncia 1º show no Pará e celebra o hip hop do Norte: 'É reparação'

  • 17/07/2025
(Foto: Reprodução)
rapper Big Bllakk, um dos principais nomes do drill nacional, acaba de anunciar seu primeiro show no Pará. Nyd Pedro O rapper Big Bllakk, um dos principais nomes do drill nacional, acaba de anunciar seu primeiro show no Pará. O artista é atração confirmada na grande final da Copa Paraense de Rimas, que acontece em Belém , dia 23 de agosto, no Memorial dos Povos, e vai reunir os 16 MCs classificados nas seletivas realizadas pelo estado. O evento é considerado um marco histórico para o hip hop amazônico. Fruto direto da Batalha de São Brás — um dos berços da rima no Norte — a Copa percorreu todas as regiões do Pará em busca dos maiores talentos das rimas, com missão de mapear talentos, descentralizar o olhar da cultura urbana e ocupar as ruas com arte. Além da presença de Big Bllakk, a final conta com artistas emblemáticos da cena paraense, como Moraes MV e Bruna BG, ambos ligados à trajetória da Batalha de São Brás. A discotecagem fica por conta do veterano DJ Black, também fundador do movimento. Com exclusividade, Big Bllakk conversou com a nossa reportagem sobre carreira, expectativas para a estreia em solo paraense e a importância da ocupação cultural nos territórios fora do eixo. Big Bllakk Nyd Pedro 1. Big, fala um pouco da tua carreira: quando você começou a rimar? O que te inspira e te motiva? Big Bllakk: Comecei a rimar em 2013, mas minha relação com a música é mais antiga. Um dos primeiros raps que ouvi foi MV Bill, Racionais, Sabotage... nunca fui muito ligado em som gringo — escutava mais nos DVDs de camelô, quem sabe, sabe. O rap me trouxe a ideia de que a palavra pode ser arma e escudo. Mas desde cedo também ouvi Jorge Ben Jor, Tribalistas, Engenheiros do Hawaii. Eles me mostraram a beleza da mistura. Foi daí que pensei: “E se eu botasse o drill pra conversar com a MPB?” Aí nasceu meu som. 2. Quais os momentos mais marcantes da tua carreira até agora? Momentos marcantes? Primeiro, o lançamento do ERREJOTACULTDRILL Vol. 1. Depois, o nascimento da minha filha, que mudou tudo. E o Festival Cena — aquilo foi como abrir o peito pro mundo. Ah, e claro, a mixtape Muita Luta. Foi ali que entendi o tamanho do que estamos construindo com independência e verdade. 3. Será sua primeira apresentação no Norte do país? Qual a expectativa? Big Bllakk: Será minha primeira vez colando no Norte. E vou ser real: tô feliz demais. Não é só uma viagem, é um marco. É quebrar o eixo, é olhar no olho de quem faz arte de verdade, sem holofote e sem desculpa. Tô indo com o coração aberto, pronto pra aprender, pra trocar e deixar o drill ecoar em outro território. Vai ser histórico — pra mim e pra quem colar. 4. A cena do rap e do hip hop ainda é muito ligada ao Sudeste. Você acompanha artistas do Norte? Como enxerga essa movimentação fora do “eixo”? Big Bllakk: Essa desigualdade na cena é real. A galera do Norte e Nordeste rala em dobro pra ser ouvida. No Sudeste, já tem uma estrutura — mesmo que precária, ela existe. Mas lá em cima? Muitas vezes falta tudo, menos talento. Acompanho sim. Porque não dá pra falar de cultura sem escutar quem vem de fora do “eixo RJ-SP”. Tem muita gente braba fazendo som, batalhando, escrevendo a própria história. Mas ainda é tudo muito centralizado — e isso precisa mudar. Projetos como a Copa ajudam porque colocam a lupa onde o mainstream não quer olhar. 5. Pela primeira vez, um projeto percorre o Pará atrás de talentos da rima. A Copa já faz história ao mapear essa cena e transformar as ruas em palco. O que você acha da importância desse tipo de ação? Big Bllakk: A pergunta que fica é: e se esses artistas tivessem as mesmas oportunidades que os do Sudeste? Eu acredito que a rua é o maior palco do Brasil. E a rima é o grito de quem sempre foi ignorado. Ver um projeto cruzando o Pará atrás de talento é mais que necessário — é reparação. É dar microfone pra quem já tá gritando há muito tempo. Isso é fomentar cultura, é criar pontes, é dizer: “Você é tão artista quanto qualquer um”. O hip hop vive disso: de presença, de ocupação, de resistência. E agora, mais do que nunca, de reconstrução. 6. Qual o seu recado para o público de Belém e para os artistas que estarão nas batalhas na Grande Final? Big Bllakk: Pra quem tá na rima: não abaixa a cabeça pra nenhum sotaque. A tua verdade é tua maior força. A batalha é tua escola, tua trincheira e teu trampolim. Não deixa ninguém dizer que tua arte é “regional” como se fosse menor. O que tu faz é urgente, necessário e gigante. Então, vamo entrega tudo — com fome, com sangue no olho e com o coração limpo. E pro povo de Belém: se prepara, porque eu tô chegando pra somar, aprender com vocês e deixar o drill carioca se misturar com a força do Norte. Vai ser energia de revolução! Serviço: Show de Big Bllakk, na programação da Grande Final da Copa Estadual de Rimas, dia 23 de agosto, a partir de 19h, no Memorial dos Povos, Av. Gov. José Malcher, 257 - Nazaré, Belém. Entrada franca. Veja mais informações do Pará no g1 ✅Clique e siga o canal do g1 Pará no WhatsApp Vídeos com as principais notícias do Pará

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2025/07/17/destaque-da-nova-safra-do-rap-nacional-big-bllakk-anuncia-1o-show-no-para-e-celebra-o-hip-hop-do-norte-e-reparacao.ghtml


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