Isolada há décadas da rede móvel, ilha Combu, em Belém, ganha torre com raio de 3 km de cobertura
06/10/2025
(Foto: Reprodução) Ilha do Combu ganha torre compartilhada de internet móvel com raio de 3 km de cobertura.
Divulgação/IHS Brasil
A Ilha do Combu, área de proteção ambiental e um dos principais destinos turísticos de Belém, enfrenta um problema há décadas de falta de acesso à internet. Uma iniciativa inédita uniu as três maiores operadoras do país para inaugurar uma torre de telefonia móvel compartilhada para atender centenas de famílias que vivem da pesca artesanal, extrativismo vegetal e turismo na região.
A torre foi inaugurada na sexta-feira (3), em parceria com uma empresa de infraestrutura compartilhada. O sistema foi instalado na área conhecida popularmente como "furo". Segundo a empresa IHS Brasil, o sinal fornece cobertura em raio de cerca de 3 km na ilha.
O Combu é a quarta maior ilha de Belém, localizada a 1,5 km da orla do município e integra uma área com alta concentração de biodiversidade. Além da importância ambiental e cultural, é procurado por turistas e também paraenses que querem aproveitar o banho de rio, além da riqueza gastronômica fornecida pelos restaurantes instalados em palafitas.
Há mais de 20 anos, as operadoras tentavam levar cobertura à região, mas enfrentavam desafios como a logística complexa de instalação em um ambiente de transporte exclusivamente fluvial, as restrições ambientais para preservar a alta diversidade biológica e a dificuldade técnica de erguer estruturas em solo alagadiço.
Por outro lado, a ausência de conectividade prejudicava a qualidade de vida dos moradores, o desenvolvimento do turismo e a modernização de serviços públicos essenciais.
A torre tem 60 metros de base reduzida e equipamentos instalados dentro da estrutura. Após a ativação da torre, a comunidade local, escolas, unidades de saúde, empreendedores e visitantes terão acesso a serviços móveis de alta qualidade em 4G e 5G.
A conectividade ajudará a viabilizar a educação digital, telemedicina, inclusão financeira por meio de meios de pagamento eletrônicos, fortalecimento do turismo e dinamização da economia local.
Segundo a IHS Brasil, a obra foi acelerada para terminar a tempo da COP 30, período em que são esperados 50 mil participantes na conferência da ONU sobre mudanças climáticas.
O diretor de Core e Móvel da Vivo, Elmo Matos, disse que "levar conectividade à Ilha do Combú é ampliar o direito de estar conectado". "Fortalecemos serviços digitais essenciais e a inclusão produtiva de comunidades ribeirinhas, além de apoiar a operação da COP 30 e seu legado para Belém".
E a diretora da Claro na região Norte, Rosa Bastos, disse que "em um território como Combu, a infraestrutura compartilhada foi a melhor forma de entregar conectividade de qualidade e deixar um legado para uma região relevante, que estará em destaque durante a COP 30”.
Já o CTO da Tim Brasil, Marco Di Costanzo, disse que "o compartilhamento de infraestrutura, como feito na Ilha do Combu, é não só para a otimização de infraestrutura, mas principalmente para o benefício da comunidade ribeirinha, priorizando a qualidade de serviço, estimulando a economia local e melhorando a vida das pessoas".
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